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segunda-feira, 16 de maio de 2016

Livro “Cintilografia Óssea com 99m Tc – Fundamentos da Interpretação” de autoria do Médico Nuclear Prof. João Eduardo Irion, lançado na Jornada Paulista de Radiologia de 20156.


                                               Capa do Livro
Apresentação:
O acúmulo de conhecimento sobre cintilografia óssea começou a acontecer de fato na década de 60 com a invenção da câmera de cintilação e do gerador de tecnécio. Até então a cintilografia do esqueleto era limitada pelo uso do cintilógrafo linear e pelos isótopos do estrôncio o que praticamente restringia o exame à oncologia.
Os conhecimentos científicos originam-se nos trabalhos de pesquisa e consolidam-se em livros. No caso da Medicina Nuclear, os trabalhos estão dispersos em centenas de revistas. Já os livros sobre diagnóstico de lesões ósseas e articulares são formatados como atlas, isto é, compreendem imagens de casos isolados ou, então, são livros de clínica. Na literatura da especialidade faltam livros com base na semiologia que fundamentem a interpretação da cintilografia óssea especialmente para facilitar a base de conhecimento do estudante de graduação ou residência. O livro “Cintilografia Óssea com 99m Tc – Fundamentos da Interpretação” é uma contribuição para suprir essa lacuna.
O livro revê a fisiologia osteoarticular como requisito fundamental para a compreensão da fixação do radiofármaco no esqueleto normal e patológico. O trabalho aborda fundamentos da instrumentação, revê técnicas e sistematiza e reformula conceitos. O texto é inovador sob vários aspectos, por exemplo, em oito capítulos propõe e descreve a uma nova forma de anatomia, a anatomia cintilográfica do esqueleto. Cria e fundamenta um novo setor na especialidade intitulado “ótica cintilográfica”. O trabalho aborda ângulos novos dos sinais cintilográficos fundamentais das lesões dos ossos, das articulações e partes moles, inovando com a descrição de padrões e sinais cintilográficos das lesões na fase vascular e na fase óssea do exame.
O texto e ilustrado por 350 figuras compreendendo mais de 800 imagens, todas elas originadas do acervo do Serviço de Medicina Nuclear de Santa Maria, criado em 1971 e do qual o autor é o fundador.

Editado pela Livraria e Editora REVINTER LTDA
Rua Matoso 170- Tijuca 20270-135 Rio de Janeiro –RJ
Tel. (21) 2563 9700
livraria@revinter.com.br



 

 

 

 




 

CURRICULUM VITAE

Dr. João Eduardo Oliveira Irion


 

 

A - DADOS PESSOAIS

FiliaçãoJosé Irion Filho e Eulália Oliveira Irion.
Local e data de Nascimento – São Simão no município de Rosário do Sul em 14 de novembro de 1.929.
Família Casado com Márcia Bornemann Irion. Filhos: Myriam, Débora Cynthia e José.
ResidênciaAvenida Presidente Vargas 1.695 – Santa Maria – RS.

 

 

B - ESTUDOS E GRAUS

  1. Curso Primário no Grupo Escolar Hermes da Fonseca em Cacequí - RS (1.936-1.940).
  2. Curso de Admissão na Ginásio Osvaldo Aranha em Alegrete – RS (1.940).
  3. Curso Ginasial no Ginásio Osvaldo Aranha em Alegrete – RS (1.942-1945).
  4. Curso Científico no Colégio Santa Maria em Santa Maria – RS (1.945-1.948).
  5. Aprovado no exame vestibular na Faculdade de Medicina da Universidade do Paraná – PR (1.948).
  6. Curso de Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade do Paraná – PR (1.949-1954).

C - ATIVIDADES ESTUDANTIS UNIVERSITÁRIAS

I – EXTRACURRICULARES

  1. Aluno Interno do Serviço de Radiologia da Santa Casa de Curitiba (1.951- 1.954).
  2. Operador de raios-X no Centro de Saúde de Curitiba (1.953-1.954).

III – CARGOS NO ASSOCIATIVISMO UNIVERSITÁRIO.

  1. Diretor do Jornal Acadêmico do Diretório Acadêmico “Nilo Cairo” da Faculdade de Medicina, Farmácia e Odontologia da Universidade do Paraná – (1.950- 1.952).
  2. Diretor do Departamento de Apostilas do Diretório Acadêmico “Nilo Cairo” da Faculdade de Medicina Farmácia e Odontologia da Universidade do Paraná (1.951-1.954).
  3. Vice-Presidente da União Paranaense dos Estudantes (1.953-1.954).

 

D - EXERCÍCIO PROFISSIONAL

I - CURSOS

  1. Curso de Radiodiagnóstico na Escuela Privada de Radiologia em Córdoba – Argentina (1.955).
  2. Curso de Enzimas do metabolismo Intermediário no Instituto de Biofísica da Universidade do Brasil (1.957).
  3. Curso de Ortopedia e Traumatologia na Faculdade de Medicina de Santa Maria (1.959).
  4. Curso Latino-Americano de Atualização em Biofísica no Instituto de Biofísica da Universidade do Brasil (1.957) – Bolsista da CAPES.
  5. Curso de Radiodiagnóstico na Escuela Privada de Radiologia em Córdoba – Argentina (1.958).
  6. Curso de Didática Para Professores do Ensino Superior na Universidade de Santa Maria (1.962).
  7. Curso de Especialização “Métodos Físicos aplicados à Bioquímica e à Medicina” no Instituto de Biofísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1.962) - bolsista da CAPES.
  8. Curso de Medicina Nuclear no Instituto de Física da Universidade de Santa Maria (1.962).
  9. Curso de Metodologia de Radioisótopos no Centro de Medicina Nuclear da Universidade de São Paulo (1.967).
  10. Curso de Especialização Em Medicina Nuclear no Centro de Medicina Nuclear da Universidade de São Paulo (1.969) – bolsista da Comissão Nacional de Energia Nuclear.

II – TÍTULOS DE ESPECIALISTA

  1. Título especialista em Radiologia.
  2. Título de especialista em Medicina Nuclear.

III – PARTICIPAÇÃO EM CORPOS CLÍNICOS

  1. Médico do Colégio Estadual Manoel Ribas (1.956).
  2. Membro dos Corpos Clínicos do Hospital de Caridade Dr. Astrogildo de Azevedo e da Casa de Saúde da Cooperativa dos Ferroviários.
  3. Radiologista da Casa de Saúde da Cooperativa dos Ferroviários (1.956-1.995).
  4. Diretor do Corpo Clínico da Casa de Saúde da Cooperativa dos Ferroviários (1.985-1.986)
  5. Sócio proprietário do Instituto de Radiologia São Lucas (1.955-1.987).
  6. Médico radiologista que implantou o Serviço de Radiologia do Hospital de Caridade de Santiago e médico radiologista desse Hospital (1.961-1.967).
  7. Medico radiologista que implantou o Serviço de Radiologia do Hospital de São Pedro do Sul e médico radiologista desse hospital (1.986).
  8. Médico especialista em Medicina Nuclear  fundador do Serviço de Medicina Nuclear, o serviço pioneiro do interior do Estado (1972 até o presente).

 

E - CARREIRA NO MAGISTÉRIO

I – NA FACULADE DE MEDICINA DE SANTA MARIA

  1. Inclusão no quadro da Universidade do Rio Grande do Sul em 1.955 até a transferência em 1.962 para o quadro de pessoal da Universidade Federal de Santa Maria
  2. Instrutor do Ensino Superior contratado da Cadeira de Fisiologia do Curso de Medicina anexo à Faculdade de Farmácia de Santa Maria – (1.955-1957).
  3. Exame de Suficiência para Instrutor do Ensino Superior (1.958).
  4. Instrutor de Ensino Superior do Departamento de Biofísica da Faculdade de Medicina de Santa Maria (1.958-1.960).
  5. Professor Adjunto de Fisiodiagnóstico de Departamento de Biofísica e posteriormente do Departamento de Clinica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federai de Santa Maria a partir de 1.969.

II – EM OUTRAS ESCOLAS DE NIVEL SUPERIOR

  1. Professor de Nutrição e Dietética da Escola Superior de Enfermagem Nossa Senhora Medianeira – (1.958 - 1.961).
  2. Aula como Professor convidado do curso de Higiene das Radiações na Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo -  (1.969).
  3. Professor do Curso de Extensão Universitária de “Atualização em Biofísica” na Faculdade de Medicina da Universidade Católica de Pelotas - (1.964).
  4. Professor do Curso de Extensão UniversitáriaDiagnóstico Radiológico das Afecções do Aparelho Urinário” na Faculdade de Medicina da Universidade Católica de Pelotas - (1.966).

IV – DISTINÇÕES  UNIVERSITÁRIAS

  1. Professor Homenageado da Turma Médica de 1960.
  2. Professor Homenageado da Turma Médica de 1.961.
  3. Professor Homenageado da Turma Medica de 1.975.
  4. Medalha de Professor da Primeira Turma de Médicos da Faculdade de Medicina da UFSM.

F - ATIVIDADES CLASSISTAS

  1. Médico inscrito desde a criação do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do sul sob o nº 1135.Sócio da Sociedade de Medicina de Santa Maria
  2. Sócio do Colégio Brasileiro de Radiologia.
  3. Sócio da Sociedade Brasileira de Biologia, Medicina Nuclear e Imagem Molecular.
  4. Três vezes Presidente da Sociedade de Medicina de Santa Maria gestões (1961-1962 1966-1967 e 1967-1968).
  5. 1º Vice-Presidente da Associação Médica do Rio Grande do Sul – 1969-1971.
  6. Membro do Conselho de Representantes da Associação Médica do Rio Grande do Sul (1.975 – 1.982).
  7. Presidente do Conselho de Representantes da Associação Médica do Rio Grande do Sul (1.981-1982).
  8. Secretário do Sindicato dos Médicos de Santa Maria (1974 -1975).
  9. Presidente do Sindicato dos Hospitais da Região Centro (2004-2005 e 2009-2010).
  10. Diretor da FEHOSUL – Federação dos Hospitais do Estado do Rio Grande do Sul – 2.010-2.011.

G – ATIVIDADES NO COOPERATIVISMO MÉDICO

I - INSTITUCIONAIS

  1. Fundador No Estado do Rio Grande do Sul das UNIMEDs em Santa Maria, Santana do Livramento, Bagé, Guaíba, Novo Hamburgo, Cachoeira, Cruz Alta, São Borja e Uruguaiana, No Estado de Santa Catarina em São Miguel do Oeste e no Estado de Minas Gerais em Morrinhos.
  2. Presidente da UNIMED de Santa Maria por seis gestões (1972 a 1990).
  3. Presidente da UNIMED do Rio Grande do Sul (Federação das UNIMEDs do Estado do Rio Grande do Sul) por três gestões – (1974 a 1980).
  4. Fundadador e Presidente da UNIMED SEGUROS S.A. (1.989-2001)
  5. Fundador da UNIMED do Brasil – Confederação das Cooperativas Médicas (1.975).
  6. Diretor de Seguridade da UNIMED do Brasil – (1.988 a 1.996).
  7. Editor da primeira Revista UNIMED – (1.988) e Membro do Conselho Editorial da Revista UNIMED - (1.988-2.001).
  8. Conferencista  sobre UNIMED que para os médicos da Colômbia sobre UNIMED realizadas em Barranquilla, Bogotá, Bucaramanga, Calli, Cúcuta, Cartagena de Índia, Medelin e Popayan – (1.933).
  9. Participante na fundação da FEMEC – Cooperativa Médica da Colômbia no modelo UNIMED, como resultado das palestras acima mencionadas -  (1.933).

II - DIVULGAÇÃO DO COOPERATIVISMO UNIMED NO BRASIL

Cidades onde fez palestras, conferências ou participou de eventos cooperativistas: Agudo, Alegrete, Angra dos Reis, Aracaju, Bagé, Bauru, Belém, Belo Horizonte, Bento Gonçalves, Blumenau, Brasília, Diadema, Cabo Frio, Cacequí, Morrinhos, Cachoeira do Sul, Caldas Novas, Campina Grade, Campinas, Campo Grande, Campos, Campos do Jordão, Carazinho, Casca, Caxias do Sul, Chapecó, Chauí, Camboriú, Criciúma, Cruz Alta, Cuiabá, Curitiba, Dom Pedrito, Dona Francisca, Embu Guaçú, Faxinal do Soturno, Florianópolis, Formiga, Formigueiro, Fortaleza, Goiânia, Foz do Iguaçu, Frederico Westphalen, Glicério, Gramado, Guarapuava, Guarujá, Guarulhos, Holambra, Iguape, Ijuí, Ilhéus, Itabuna, Itajaí, Jaboatão, Jagaurí, Jatai, João Pessoa, Joinville, Juiz de Fora, Júlio de Castilhos, Lajeado, Livramento, Londrina, Macaé, Maceió, Mairiporã, Manaus, Mata, Matão, Mogi Mirim, Montenegro, Morrinhos, Mossoró, Natal, Niterói, Nova Friburgo, Nova Prata, Novo Hamburgo, Osasco, Ouro Preto, Palmeiras das Missões, Parananguá, Passo Fundo, Pelotas, Penápolis, Petrópolis, Piracicaba, Poços de Caldas, Ponta Grossa, Porto Alegre, Porto Velho, Recife, Registro, Restinga Seca, Ribeirão Preto, Rio Claro, Rio de Janeiro, Rio Grande, Rosário do Sul, Salto, Salvador, Santa Cruz, Santa Maria, Santa Rosa, São Carlos, São Gabriel, São Jerônimo, São José dos Pinhais, São Leopoldo, São Lourenço, São Miguel do Oeste, São Paulo, São Pedro do Sul, São Sepé, São Vicente do Sul, Sorocaba, Taquara, Tupanciretã, Uberaba, Uberlândia, Uruguaiana, Vacaria, Varginha, Veranópolis, Vitória da Conquista e Vota Redonda.

III – DIVULGAÇÃO DO COOPERATIVIMOS MÉDICO UNIMED NO EXERIOR

Palestras nos Estados Unidos – Madson, Maimi e Tampa; no Canadá – Quebec e Otawa; em Porto Rico - San Juan; no PanamáPanamá; na Guatemala - Guatemala; na Costa Rica – San José; na Colômbia – Santa de Bogotá, Calli, Medelin, Bucaramanga, Cúcuta, Popayan, Barranquilla e Cartagena de Índia; no Paraguai Ciudad Del Este e Assunção; no Uruguai – Montevidéu, na Argentina - Buenos Ayres, La Plata, Tucumán, e Salta; na Bélgica Bruxelas; na Inglaterra Manchester; na Alemanha, Iena; na Espanha – Madrid; em Portugal – Porto e Lisboa.

IV - CURSOS DE COOPERATIVISMO MINISTRADOS

  1. Professor de História da Unimed no “Curso de Pós-Graduação em Cooperativismo" da UNISNOS – (2.000).
  2. Professor de Historia da UNIMED no “Curso de Pós-Graduação em Cooperativismo” da UNISINOS – (2.003).
  3. Professor e autor do Módulo de Saúde do “Ensino do cooperativismo á distância” editado pela CONFEBRAS – Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito – Brasília – (2.001).

H - ATIVIDADES NOS SEGUROS

I – CARGOS EXERCIDOS EM EMPRESAS DE SEGUROS NO BRASIL

  1. Diretor Administrativo e Financeiro do Montepio Cooperativista do Brasil – (1988 a 1989).
  2. Diretor Presidente da Unimed Previdência Privada – (1989 a 1990).
  3. Presidente da Unimed Seguradora S.A. desde a sua criação em 1990 até 2001.

II – CARGO EM ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE COOPERATIVAS DE SEGUROS

  1. Membro do Board da American Association of Mutual and Cooperative Insurance Societies (AAC/MIS) – (1.996 – 2.001).

III – PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS COOPERATIVISTAS  INTERNACIONAIS

Conferencista e/ou participante de Congressos sobre Seguros em Buenos Aires, La Plata, Tucumã e Salta (Argentina); Bogotá (Colômbia); Manchester (Inglaterra); San José (Porto Rico); Panamá (Panamá); Quebec e Toronto (Canadá); San Juan (Costa Rica); e Cidade de Guatemala (Guatemala).

I - ATIVIDADES COMUNITÁRIAS

  1. Sócio Fundador da União Santa-mariense dos Estudantes (1.946).
  2. Governador do Distrito L-9 do Lions Internacional – (1.971-1.972).
  3. Presidente da Liga de Bolão de Santa Maria (1.967).
  4. Presidente da Sociedade Artística Santamariense (1.987-1.988).
  5. Secretário do Avenida Tênis Clube (1.985-1.986).
  6. Vice Presidente do Avenida Tênis Clube (1.986-1.987).
  7. Participante do II Ciclo de Estudos da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra – ADESG – Santa Maria – (1.972).

J – DISTINÇÕES E PARTICIPAÇÕES ACADÊMICAS

  1. Personalidade Medica do Ano (1.998) – Título Outorgado pelas Entidades Médicas de Santa Maria, (UNIMED) Santa Maria, Sociedade de Medicina de Santa Maria, Sindicato Medico de Santa Maria e representação do CREMERS em Santa Maria).

K – ACADEMIAS A QUE PERTENCE


  1. Acadêmico da Academia Nacional de Seguros e Previdência eleito em 2.002.
  2. Acadêmico da Academia Santa-mariense de Letras eleito em 2.010.
  3. Membro Honorário da Academia Sul-Riograndense de Medicina.

L – DISTINÇÕES CONCEDIDAS PELO GOVERNO

1.      “Comenda Dr.Flávio Cassol” Concedida de dois em dois anos, pela Câmara de Vereadores de Santa Maria ao médico que se destaca nos Serviços de Saúde no Município de Santa Maria que lhe foi concedida em 2016.

M – TRALHOS PUBLICADOS

I – LIVROS PUBLICADOS NO BRASIL

  1. “As grades da Jaula’ – temas sobre Lions Clube – 4 Edições do autor – (1971, 1972, 1.972 e 1.974).
  2. “As Laranjas e o Arco-Íris - Lições de cooperativismo” 1ª, (1.989) 2ª (1.990) e 3ª (1.991) edições do autorediçãoEditora STS – (1997).
  3. Contribuição sobre a Regulamentação dos Planos de Saúde” – Edição da Unimed Seguradora – (1999).
  4. Cooperativismo e Economia Social” – Editora STS – (1997).
  5. Cooperativismo Médico Unimed” - Edição do autor – (1997).
  6. “Fale como Dono” - Temas sobre cooperativismo médicoEdição do autor – (1994).
  7. Manual do Proprietário” – 2 Edições da Unimed Seguradora – (1997/1999).
  8. “O Escudo do Sistema Unimed” – Edição da Unimed Seguradora – (1997).
  9. “O Sistema e o Complexo Unimed” – Edição da Unimed do Brasil – (1990).
  10. Temas Sobre Saúde, Planos de Saúde e Seguro Saúde” – Editora Rigel – (2.005).
  11. Cooperativismo de Saúde “ – Módulo do Ensino Básico do cooperativismo à Distância – CONFEBRÁS – Brasília- 1.999.
  12. “Um pouco da História da UNIMED” – Edição da UNIMED DO BRASIL – 2015
  13. “A ponte do passado para o presente – história da UNIMED Segurdora S.A. – edição da UNIMED Seguros – 2015.
  14. “Cintilografia óssea com 99m Tc – Critérios de Interpretação” Editora Revinter -  2016

II- LIVROS PUBLICADOS NO EXTERIOR.

“As Laranjas e o Arco-Íris - Lições de cooperativismoEdição em Portugal pela Escola Profissional de Economia SocialPorto - (1996).

Dr. João Eduardo Oliveira Irion
Avenida Presidente Vargas, 1.695 – 97015-511
Santa Maria
Fone 55 – 32214866 – 55-96446977
Acesso ao blog: joaoeduirion.blogspot.com.br


terça-feira, 25 de março de 2014

HISTÓRIA DAS RADIAÇÕES = RAIOS -T

OS RAIOS T
Prof. Dr. João Eduardo Irion
Faculdade de Medicina
Universidade Federal de Santa Maria – RS – BR
Médico Nuclear
Serviço de Medicina Nuclear de Santa Maria
jirion @terra.com.br
joaoeduirion.blogspot.com.br

NATUREZA DOS RAIOS-T

Para se entender o significado do termo “Raios-T” é preciso conhecer os prefixos relacionados aos múltiplos decimais. “Terá” é o prefixo para designar uma grandeza expressa por doze zeros ou 1012 ou 1.000.000.000.000, ou seja, um trilhão. Os raios T são radiações eletromagnéticas de frequência de trilhões de ciclos (equivalentes a 1012 Hz), daí a origem do nome.
As ondas eletromagnéticas nas frequências do terahertz são conhecidas por várias denominações tais como radiação Terahertz, ondas Terahertz , luz Terahertz , raios-T, luz-T , Lux-T e THz, radiação submilimétrica. Os raios T estão na região do espectro eletromagnético entre os 300 gigahertz (3x1011 Hz) e os 3 terahertz (3x1012 Hz). Elas correspondem a comprimento de onda inferiores a 1 milímetro e superiores a 100 micrometros, situadas no espectro eletromagnético na faixa onde termina a radiação infravermelho e começam as micro-ondas.

                                 Posição dos raios t no espectro eletromagnetico

PRODUÇÃO DOS RAIOS-T

Os raios-T são produzidos nas explosões solares e são difíceis de observar na superfície da terra porque são absorvidos pela atmosfera. Os primeiros registros na astronomia desses raios foram feitos pelo físico brasileiro Pierre Kauffmann e pelos engenheiros argentinos Adolfo Marun e Pablo Pereyra que trabalhavam no Complexo Astronômico El Leoncito (Casleo), instalado a 3 mil metros de altitude nos Andes Argentinos. Eles fizeram tais registros com o Telescópio Solar para Ondas Submilimétricas (SST) projetado para observar radiações do sol na faixa dos raios T. O fato aconteceu depois das 4 horas da tarde de 4 de novembro de 2007 quando ocorreu uma das maiores explosões solares já registrada.
Não há dificuldades técnicas para a construção de fontes de luz visível de luz ultravioleta, de micro-ondas, de radiofrequência ou de ampolas de raios-X, porém a construção de fontes de raios-T era, até há pouco tempo, um desafio tecnológico que só agora foi superado. Foi pela absorção dos raios –T produzidos no sol pela atmosfera e pela inexistência de fontes artificiais desses raios que permaneceram praticamente desconhecidos e suas propriedades não podiam ser estudadas e nem podiam ser usados na tecnologia.
A partir de 2004 começaram a ser produzidas fontes de raios – T e já existem, no setor privado, empresas dedicadas à pesquisa dos raios-T e à produção de fontes dessa radiação e de máquinas capazes de registrá-las.

PROPRIEDADES DOS RAIOS T

Os raios-T têm propriedades peculiares. Assim como os raios infravermelhos e as micro-ondas (entre os quais e situam o espectro), eles não têm energia suficiente para produzir ionizações ou produzir efeitos deletérios nas células como fazem os raios-X e a radiação gama. Eles têm curto alcance e são fortemente absorvidos pela atmosfera, atravessam nuvens, nevoeiros, mas não atravessam e são refletidos por metais e água. Eles atravessam matérias não-condutores, como tecido da roupa, papel, cartão, madeira, plástico e cerâmica. Outra de suas propriedades é a capacidade de analisar e identificar composição química de objetos, e por isso podem detectar, por exemplo, explosivos plásticos e fazer a distinção entre materiais, mesmo quando eles são idênticos ao olho e à palpação. Essa capacidade de análise química é útil na segurança e na produção de medicamentos e nas aplicações em diversos campos da tecnologia.

APLICAÇÕES BIOLÓGICAS E MÉDICAS DOS RAIOS T

Inicialmente o uso dos raios-T esteve limitado à astronomia e, no momento, começam a encontrar aplicações também em muitos setores. Na indústria, por exemplo, há laboratórios farmacêuticos que pretendem usá-los para a análise espectral de comprimidos. Eles podem checar embalagens sem abri-las nas indústrias ou realizar tarefas tão cruciais como encontrar defeitos invisíveis no revestimento de aeronaves.
Há interesse de sua aplicação na pesquisa, no campo biológico como na odontologia e medicina onde as imagens começam a ser estudadas porque podem distinguir a pele normal de um tumor e por meio de imagens com raios-T é possível a detecção e diagnóstico diferencial de tumores cutâneos malignos: sua forma, extensão e profundidade.
Os raios-T também têm potencial para aplicação em odontologia e possivelmente, substituindo os raios –x em certos diagnósticos.

USO DOS RAIOS T EM SEGURANÇA

Na era do terrorismo, os Raios-T interessam à segurança, principalmente dos aeroportos, graças às propriedades que têm de atravessar roupas, sem irradiar as pessoas e sem comprometer sua intimidade.
Esse tipo de aplicação não é bem explicado à mídia e ao público e o uso dos raios-T é confundido com o uso raios-X, despertando reações relacionadas com a privacidade e com a saúde das pessoas que não se justificam.
A contribuição dos raios-T para a segurança será fundamental porque podem detectar armas de metal e até bombas de plásticos escondidas sob a roupa dos passageiros e suas bagagens, conforme demonstra a imagem ao lado. Com os equipamentos atuais já e possível escanear e fotografar uma pessoa ou objeto até a 25 metros de distância.

                    Ilustração nº 2 - exemplo do uso dos raios T em segurança



  PESPECTIVAS DO USO DAS IMAGENS COM RAIOS-T

Entre os possíveis benefícios, a descoberta abre caminho para uma série de melhorias tecnológicas em diversos campos:
·         construção de dispositivos mais eficientes para a detecção de armamentos, explosivos escondidos e minas explosivas.
·         melhores imagens em equipamentos médicos e aumento da produtividade em estudos de dinâmica das células e genética.
·         localização, em tempo real, de "assinaturas" de materiais químicos e biológicos escondidos em envelopes, bagagens etc.
·         melhor caracterização de semicondutores
·         aumento da banda de freqüência disponível para comunicações sem fio.

SITES CONSULTDOS

Postagens anteriores:

 TODAS SOBRE A HISTÓRIA DAS RADIAÇÕES NO DIAGNÓSTICO MÉDICO

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A HISTÓRIA DA MEDICINA NUCLEAR- A TERAPIA COM ISÓTOPOS ARTIFICIAIS- A MEDICINA ATÔMICA E A MEDICINA NUCLEAR – OS ISÓTOPOS DO IODO- OS DETECTORES ELETRÔNICOS DE CINTILAÇÃO.

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HISTÓRIA DAS RADIAÇÕES – HISTÓRIA DA RESSONÂNCIA NUCLEAR MAGNÉTICA

HISTÓRIA DAS RADIAÇÕES = HISTÓRIA DO ULTRASSOM

RAIOS INFRAVERMELHOS - A TERMOGRAFIA



terça-feira, 18 de março de 2014

HISTÓRIA DAS RADIAÇÕES = HISTÓRIA DA TERMOGRAFIA

RAIOS INFRAVERMELHOS - A TERMOGRAFIA
Prof. Dr. João Eduardo Irion
Faculdade de Medicina
Universidade Federal de Santa Maria – RS – BR
Médico Nuclear
Serviço de Medicina Nuclear de Santa Maria
jirion @terra.com.br
joaoeduirion.blogspot.com.br


A TERMOMETRIA

Platão, Aristóteles, Hipócrates e Galeno conheciam a relação entre calor e a vida. Hipócrates notou variação de calor entre as diferentes partes do corpo humano. Ele considerou o calor como o principal sinal diagnóstico de doença “quando uma parte do corpo é mais quente ou mais fria que o restante então a doença está presente nesta parte.
No início, a avaliação da temperatura dos pacientes era feita de modo subjetivo com a colocação do dorso da mão na fronte do paciente. O primeiro a estabelecer e publicar as observações da temperatura corporal e suas variações na febre foi Anton De Haden em 1754.
Em 1592, Galileu inventou o termoscópio, um termômetro rudimentar sem escalas, daí o nome, que serviu de base para um termômetro líquido com flutuadores que é hoje usado como objeto para decoração.
                                                  
                                       Ilustração 1 termômetro de flutuadores de Galileu.

 No século XVII, Jean Ray, um médico francês, inventou um termômetro semelhante aos termômetros atuais, usado para medir temperaturas através da contração ou dilatação da água contida no reservatório de vidro.
Fernando II, Duque de Toscana, fundador de uma academia em Florença, especializada na construção de termômetros, construiu um termômetro semelhante ao de Ray, para medir temperaturas abaixo do ponto de solidificação da água, utilizando álcool no lugar de água, pois o seu ponto de congelamento é muito baixo. Ele fechou a extremidade do tubo para evitar a volatilidade do álcool. O termômetro do Duque de Toscana se parece com o que utilizamos na atualidade. Em 1659. Sanctorius substituiu o álcool por mercúrio.
Nos primeiros termômetros, as escalas usadas para mediar a temperatura eram arbitrárias. Cada cientista tinha sua escala e muitos utilizavam, ao mesmo tempo, vários tipos de escalas. Então Newton sugeriu a utilização de duas temperaturas de referência para a construção da escala termométrica – a temperatura do corpo humano e a temperatura de solidificação da água e entre elas doze divisões.
A partir da ideia das temperaturas de referência foram criadas outras escalas, mas as escalas mais usadas foram a escala do francês René Anatoine Ferchault de Réamur criada em 1731, a do alemão Gabriel Daniel Fahrenheit criada em 1734 (de uso nos países de língua inglesa) e a escala centigrama, criada em 1742, hoje chamada escala Celsius em homenagem a seu criador, o físico sueco Anders Celsius. Essa última foi a escolhida pelos congressos internacionais como escala padrão para medir temperaturas em todas as atividades e em todos os países do mundo.
        
                                        Ilustração 2 Gabriel Daniel Fahrenheit



                                               Ilustração 3 Anders Celsius

DA TERMOMETRIA PARA A CALORIMETRIA NA MEDICINA


A avaliação da temperatura local da pele começou com Spurgin que, em 1857, construiu um termoscópio para o diagnóstico diferencial de tumores de mama pelas variações de temperatura na superfície cutânea.
Depois a calorimetria médica foi enriquecida com as medidas objetivas da temperatura cutânea, usando métodos semiquantativos, comparando-se à temperatura de uma área da superfície corporal com a outra contralateral simétrica. Esse tipo de medida é feita com os aparelhos chamados calorímetros. Os calorímetros são aparelhos compostos de dois termopares, de um mostrador com escala e de uma agulha cuja deflexão indica as áreas quentes. O procedimento de medida consiste na comparação, por meio dos termopares, de dois pontos simétricos, por exemplo, de cada lado da coluna vertebral. Entre esses aparelhos estão o Nervoscope e o Termeter. O primeiro calorímetro foi inventado por B. J. Palmer em 1925 e pateteado em 1935. Os medidores de temperatura superficiais caíram em desuso depois do aparecimento da termografia no início dos anos 60.
                        
                                        
                                  Ilustração 4 calorímetro

A TERMOGRAFIA DE CONTATO

A história da termografia começou com a termografia de contacto. Hipócrates fizera a primeira termografia de contacto de um ser humano, untando o corpo do paciente com lama e verificando o primeiro local onde ela secava mais rapidamente.
       
                                  Ilustração 5 reprodução da termografia de Hipócrates

A termografia de contacto tornou-se possível depois que a tecnologia permitiu encapsular os cristais líquidos. Essa técnica consiste na medida de temperaturas locais do corpo por meio de placas de cristais líquidos de colesterol colocadas sobre a área de interesse. É um método fácil, rápido e barato de avaliar a temperatura local em que a temperatura é expressa por uma escala de cores nos cristais líquidos que é diferente da escala de cores das termografias com câmeras de raios infravermelhos.

                                                           Ilustração 6 termografia de contato.

A TELETERMOGRAFIA OU TERMOGRAFIA

Os fundamentos da termografia começaram a ser estabelecidos no século XV por Gianbattista Della Porta a quem cabe o papel de pioneiro. Entre suas experiências óticas destaca-se o desdobramento da luz, ou seja, a descoberta do espectro solar obtido por meio do prisma. Também cabe a ele o retorno aos estudos da formação de imagens em câmeras escuras (ou câmeras estenopeicas) que Aristóteles já conhecia e que se tornou a base física da câmera fotográfica.

                                           Ilustração 7 Gianbattista Della Porta

Depois destaca-se nessa história a descoberta dos raios infravermelhos com o experimento pioneiro realizado por Sir William Herschel em torno de 1800. Nesse evento ele usou um prisma quando verificou, com auxilio de um termômetro, o aumento da temperatura fora do espectro solar visível, junto da banda do vermelho. Essa nova radiação do espectro eletromagnético recebeu vários nomes tais como “raios invisíveis”, “espectro termométrico”, “raios que provocam calor” e “calor escuro”. O termo raio infravermelho apareceu depois de 1880 sem que se saiba quem o propôs.

                                                       Ilustração 8 William Herschel



                                                    Ilustração 9 Sir John Frederic William

Sir John Frederic William Herschel, filho de William, tem papel importante na história das radiações porque ele foi um dos pesquisadores que desenvolveu a fotografia, de grande importância no desenvolvimento da radiografia, ultrassonografia, cintilografia e termografia. Foi ele quem, pela primeira vez, registrou em papel fotográfico os raios infravermelhos do espectro luminoso.

            DA TELETERMOMETRIA PARA A IMAGEM NA TERMOGRAFIA

O avanço final na avaliação da temperatura foi a substituição da termografia de contacto pela teletermografia, isto é a medida à distância do calor da superfície corporal  com câmeras de raios infravermelhos.
O passo inicial na teletermometria (medida de temperatura a distância) tornou-se possível depois da invenção do bolômetro em 1878 pelo astrônomo estadunidense Samuel Pierpont Langley.
     

                                       Ilustração 10 - o bolômetro.

Em 1928, M. Czerny em Viena criou um método chamado evapografia com o qual fez a primeira imagem termográfica de um ser humano. Esse aparelho foi aperfeiçoado durante a Segunda Guerra para detectar tropas e navios em movimento à noite.
O uso médico da termografia começou em 1952, na Alemanha, com os médicos Ernest Schwamm Ernst e Johann Jost Reeh que criaram e patentearam em 15 de junho de 1954 um detector que era uma variante do bolômetro. Tratava-se de um bolômetro sensível ao infravermelho, com o qual era possível a medida sequencial de diferentes partes do corpo humano. O método foi utilizado em vários países, inclusive nos Estados Unidos. Eles fundaram a primeira associação médica de termografia em 1954, a Deutsche Gesellschaft für Thermographie und Regulationsmedizin.
Em 1955, o Dr. Ray Lawson do Canadá obteve licença para usar em pesquisas médicas as câmeras de infravermelho que, até então, não estavam disponíveis para os civis porque eram consideradas armas secretas. Foi com elas que ele apresentou os primeiros trabalhos sobre a temperatura cutânea no câncer da mama.
As primeiras câmeras usadas para fins militares tinham pouca resolução térmica e pouca resolução espacial. Nessa época, a precariedade das imagens, a existência de várias formas de aplicação do método, a inexistência de softwares apropriados e o uso do método por pessoas não habilitadas desacreditaram a termografia como método diagnóstico.
                                      
                                                             Ilustração 11- câmera infravermelha.

A partir dos anos 80, os sistemas computadorizados, os softwares específicos, a realização de imagens em tempo real e sensores de altíssima resolução (capazes de distinguir variações de temperaturas de 0,1º) mudaram radicalmente o conceito do método na classe médica. Hoje existem câmeras e equipamentos que fazem fotografias em tempo real, processadas com softwares específicos e distinguem variações de 0,1° de temperatura, tornando a teletermografia de superfície cutânea um método clínico de grande valor.

             Ilustração 12 Termografia das mamas. à direita uma paciente normal; à esquerda uma paciente com câncer de mama.

A termografia e a angiografia foram os principais tópicos do XIII Congresso Internacional de Radiologia em Madrid 15 a 20 de outubro de 1973, do 1° Congresso Europeu de Termografia em Amsterdã de 14 a 18 de junho de 1974 e incluída no Congresso Internacional de Radiologia do Rio de Janeiro, em outubro de 1977.
A termografia é utilizada no diagnóstico de doenças vasculares periféricas causadas por arteriosclerose, doenças colagenosas, síndrome de Raynaud, distrofia simpático-reflexa, oclusão da arterial, trombose venosa profunda, microangiopatia diabética, alterações na vascularização da cabeça e pescoço, alterações neurológicas, tendinites, síndrome do túnel de carpo, fibromialgia, neoplasia da mama, pele, testículos, doenças de tireóides como tireoidite aguda e no acompanhamento pós-operatório, na determinação do nível de amputação do membro isquêmico, no intraoperatório de cirurgia cardíaca e em outras indicações.


                                       
                                  Ilustração 13 Termografia em aeroporto durante a epidemia de gripe suína para detectar passageiros com febre.

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