Pesquisar este blog

domingo, 7 de julho de 2013

SOBRE CACEQUI

Texto de João Eduardo Irion
Fotografias de José Irion Neto

                                        
Pórtico de entrada da cidade em construção

Cacequi é uma cidade brasileira situada na Depressão Central do Estado do Rio Grande do Sul a 450 km a oeste de Porto Alegre, capital do Estado, na latitude 290 53’ 01’’-Sul e Longitude. 54 0 49’ 30’’ – Oeste. Sua população é da ordem de 14.000 habitantes.
A cidade está situada na planície conhecida como pampa gaúcho na micro-região que pode ser classificada como mesopotâmia, termo que significa “terra ou região entre rios” porque a cidade está cercada por três rios: ao sul da cidade está o rio Cacequi, (que lhe dá o nome) que é afluente do rio Santa Maria, situado a oeste o qual, por sua vez, é afluente do rio Ibicui que fica ao norte.


Mapa do Google modificado. Cacequi na mesopotâmia formada pelos rios Cacequi, ao sul, rio Santa Maria a oeste e rio Ibicui ao norte.

CACEQUI E A FERROVIA

Cacequi se desenvolveu graças a ferrovia. Os trilhos vindos de Santa Maria chegaram a Cacequi no ano de 1890. Em 1896 ficou completa a ligação ferroviária entre Cacequi e a cidade de São Gabriel. Em 1907 a estrada de ferro se estendeu de Cacequi até à cidade de Alegrete e em 1910 completou-se a ligação ferroviária de Cacequi com a cidade de Santana de Livramento. Desde então quatro trens de passageiros chegavam a Cacequi todos os dias da semana, exceto ao domingos e permaneciam na portentosa estação, inaugurada em 1,890 entre 11 e 13 horas. Cacequi era o ponto de baldeação e de almoço dos viajantes e para isso a estação tinha, na época, o maior restaurante do Estado. Nesse intervalo de tempo o movimento à Estação era intenso porque os quatro trens transportavam diariamente entre 400 e 600 pessoa. Infelizmente isso não acontece mais desde o dia 2 de fevereiro de 1996 quando cessaram de circular os trens de passageiros que se cruzavam em Cacequi. A estação é hoje um museu e um centro cultural.cultural.

 Estação Ferroviária de Cacequi. Fotografia panorâmica à esquerda e fotografia detalhada  direita.

O MACACO BRANCO

Cacequi, além da importância que mantém como entroncamento ferroviário, é chamada de Capital da Melancia porque as melancias cultivadas na região estão entre as mais deliciosas do país.
Nesse trabalho desejo destacar que Cacequi possui dois pontos inusitados de beleza, um foi criado pela natureza e outro pela mão do homem.
O “Macaco Branco” é obra da natureza. Trata-se de uma formação geológica peculiar do Rio Grande do Sul. Ele é uma grande escavação cujo local mais profundo tem cerca de 80 m. É uma escavação oriunda da ação da água da chuva e do vento sobre o arenito da região. Esse tipo de formação geológica não pode ser classificado como um cânion porque não tem a forma típica, não está numa região montanhosa e não tem no centro um rio que lhe dê origem. Também não pode ser considerada como um despenhadeiro porque está numa planície e não numa cadeia de montanhas. O povo gaúcho usa linguagem própria para designar fatos, atos e circunstâncias da vida no pampa e assim classifica escavações do tipo Macaco Branco como “voçorocas” palavra que vem do tupi – “mbos’soroca” que significa quebrado ou rompido.
O Macaco Branco é de uma beleza indescritível como atestam as excelentes fotografias de Jose Irion Neto que ilustram esta exposição.








 Fotografias do Macaco Branco - direita vistas panorâmicas. À esquerda fotografias localizadas.


A PONTE DO RIO SANTA MARIA
Outro ponto alto da paisagem cequiense é a ponte metálica da estrada de ferro sobre o rio Santa Maria, no ramal ferroviário entre Cacequi e Uruguaiana concluída em 15 de novembro de 1907. Essa é a maior ponte ferroviária em aço da América Latina com 1473 m de extensão.



Ilustração 7 – fotografias da ponte sobre o rio Santa Maria, com destaque para as areis brancas que caracterizam as praias dos rios da região.



ESCOLA MUNICIPAL EULÁLIA IRION

Eu, meus irmãos, nossos filhos, nossos netos e minha bisneta temos orgulho de existir em Cacequi uma escola com o nome de nossa mãe. Ela, a Professora Eulália Oliveira Irion lecionou em Cacequi na década de 30 até ao final da década de 40. Nosso orgulho vai além: na década de 50 a Professora Eulália, Dona Lalica para os íntimos e para os amigos, lecionou em Santa Maria e essa cidade a homenageou dando seu nome a uma de suas ruas.

Ilustração 9 – Escola Municipal Eulália Irion em Cacequi

9 comentários:

  1. Pai maravilhosa essa história da tão amada Cacequi,a qual sempre ouvimos vc falar com tanto carinho.Escreva muito pois o teu saber é muito importante,,,Teus filhos,netos e bisneta te amam e te admiram muito.

    ResponderExcluir
  2. Myriam, minha filha querida. teu comentário me enche de alegria. Obrigado. Beijos do pai.

    ResponderExcluir
  3. Tão bom quanto ouvir sobre Cacequi é vivê-la. Quero voltar lá sempre que possível. Sinta-se abraçado.

    ResponderExcluir
  4. Obrigado, o texto ficou bom porque se apoia nas fotos do José.

    ResponderExcluir
  5. Esta mesmo muito bacana pai! Eu também quero voltar lá!

    ResponderExcluir
  6. Parabéns parente por resgatar um pouco da história. Abração.

    ResponderExcluir
  7. Meus pais e meus avós são naturais de cacequi amo está cidede

    ResponderExcluir