Texto de João Eduardo
Irion
Fotografias de José
Irion Neto
Pórtico de entrada da cidade em construção
Cacequi é uma
cidade brasileira situada na Depressão Central do Estado do Rio Grande do Sul a
450 km a oeste de Porto Alegre, capital do Estado, na latitude 290 53’
01’’-Sul e Longitude. 54 0 49’ 30’’ – Oeste. Sua população é da ordem
de 14.000 habitantes.
A cidade está
situada na planície conhecida como pampa gaúcho na micro-região que pode ser classificada
como mesopotâmia, termo que significa “terra ou região entre rios” porque a
cidade está cercada por três rios: ao sul da cidade está o rio Cacequi, (que
lhe dá o nome) que é afluente do rio Santa Maria, situado a oeste o qual, por
sua vez, é afluente do rio Ibicui que fica ao norte.
Mapa do Google modificado. Cacequi na
mesopotâmia formada pelos rios Cacequi, ao sul, rio Santa Maria a oeste e rio
Ibicui ao norte.
CACEQUI E A FERROVIA
Cacequi se
desenvolveu graças a ferrovia. Os trilhos vindos de Santa Maria chegaram a Cacequi
no ano de 1890. Em 1896 ficou completa a ligação ferroviária entre Cacequi e a
cidade de São Gabriel. Em 1907 a estrada de ferro se estendeu de Cacequi até à
cidade de Alegrete e em 1910 completou-se a ligação ferroviária de Cacequi com a
cidade de Santana de Livramento. Desde então quatro trens de passageiros
chegavam a Cacequi todos os dias da semana, exceto ao domingos e permaneciam na
portentosa estação, inaugurada em 1,890 entre 11 e 13 horas. Cacequi era o ponto
de baldeação e de almoço dos viajantes e para isso a estação tinha, na época, o
maior restaurante do Estado. Nesse intervalo de tempo o movimento à Estação era
intenso porque os quatro trens transportavam diariamente entre 400 e 600 pessoa.
Infelizmente isso não acontece mais desde o dia 2 de fevereiro de 1996 quando
cessaram de circular os trens de passageiros que se cruzavam em Cacequi. A
estação é hoje um museu e um centro cultural.cultural.
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Estação Ferroviária de Cacequi. Fotografia panorâmica à esquerda e fotografia detalhada direita.
O
MACACO BRANCO
Cacequi, além
da importância que mantém como entroncamento ferroviário, é chamada de Capital
da Melancia porque as melancias cultivadas na região estão entre as mais
deliciosas do país.
Nesse trabalho
desejo destacar que Cacequi possui dois pontos inusitados de beleza, um foi criado
pela natureza e outro pela mão do homem.
O “Macaco Branco”
é obra da natureza. Trata-se de uma formação geológica peculiar do Rio Grande
do Sul. Ele é uma grande escavação cujo local mais profundo tem cerca de 80 m. É
uma escavação oriunda da ação da água da chuva e do vento sobre o arenito da
região. Esse tipo de formação geológica não pode ser classificado como um
cânion porque não tem a forma típica, não está numa região montanhosa e não tem
no centro um rio que lhe dê origem. Também não pode ser considerada como um
despenhadeiro porque está numa planície e não numa cadeia de montanhas. O povo
gaúcho usa linguagem própria para designar fatos, atos e circunstâncias da vida
no pampa e assim classifica escavações do tipo Macaco Branco como “voçorocas”
palavra que vem do tupi – “mbos’soroca” que significa quebrado ou rompido.
O Macaco
Branco é de uma beleza indescritível como atestam as excelentes fotografias de
Jose Irion Neto que ilustram esta exposição.
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A PONTE DO RIO SANTA
MARIA
Outro ponto
alto da paisagem cequiense é a ponte metálica da estrada de ferro sobre o rio
Santa Maria, no ramal ferroviário entre Cacequi e Uruguaiana concluída em 15 de
novembro de 1907. Essa é a maior ponte ferroviária em aço da América Latina com
1473 m de extensão.
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Ilustração 7 – fotografias da ponte sobre o rio Santa Maria,
com destaque para as areis brancas que caracterizam as praias dos rios da
região.
ESCOLA MUNICIPAL EULÁLIA IRION
Eu, meus
irmãos, nossos filhos, nossos netos e minha bisneta temos orgulho de existir em
Cacequi uma escola com o nome de nossa mãe. Ela, a Professora Eulália Oliveira
Irion lecionou em Cacequi na década de 30 até ao final da década de 40. Nosso
orgulho vai além: na década de 50 a Professora Eulália, Dona Lalica para os íntimos
e para os amigos, lecionou em Santa Maria e essa cidade a homenageou dando seu
nome a uma de suas ruas.
Ilustração 9 – Escola Municipal Eulália Irion em Cacequi
Pai maravilhosa essa história da tão amada Cacequi,a qual sempre ouvimos vc falar com tanto carinho.Escreva muito pois o teu saber é muito importante,,,Teus filhos,netos e bisneta te amam e te admiram muito.
ResponderExcluirMyriam, minha filha querida. teu comentário me enche de alegria. Obrigado. Beijos do pai.
ResponderExcluirTão bom quanto ouvir sobre Cacequi é vivê-la. Quero voltar lá sempre que possível. Sinta-se abraçado.
ResponderExcluirObrigado, o texto ficou bom porque se apoia nas fotos do José.
ResponderExcluirEsta mesmo muito bacana pai! Eu também quero voltar lá!
ResponderExcluirvamos juntos!
ExcluirParabéns parente por resgatar um pouco da história. Abração.
ResponderExcluirMeus pais e meus avós são naturais de cacequi amo está cidede
ResponderExcluiradorei !!
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