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domingo, 19 de janeiro de 2014

FASE INICIAL DA ESPECIALIDADE – TERAPIA COM RADiOSÓTOPOS ARTIFICIAIS - MEDICINA ATÔMICA – MEDICINA NUCLEAR – ISÓTOPOS DO IODO - DETECTOR ELETRÔNICO DE CINTILAÇÃO – DETECTOR DE POÇO

Prof. Dr. João Eduardo Irion
Faculdade de Medicina
Universidade Federal de Santa Maria – RS – BR
Médico Nuclear
Serviço de Medicina Nuclear de Santa Maria
jirion @terra.com.br
joaoeduirion.blogspot.com.br



No capítulo inicial deste trabalho, dividimos a História da Medicina Nuclear em três fases:
A fase prodrômica - entre 1896-1934;
A fase inicial da especialidade – entre 1934-1950;
A consolidação da especialidade - depois de 1950.
Na fase prodrômica, já descrita nas postagens anteriores, a pesquisa e as aplicações da radioatividade em medicina limitou-se ao uso dos isótopos naturais disponíveis e, consequentemente, desenvolveu-se a teleterapia e a braquiterapia tendo o rádio e radônio como fontes de radiação, embora ocorressem algumas tentativas ousadas e sem base científica de aplicação interna de isótopos naturais.
Na fase prodrômica aconteceu a experiência de Blumgart, quando, pela primeira vez, a radioatividade foi usada para fins diagnósticos, demonstrando a capacidade dos radioisótopos de fornecerem informações sobre a fisiologia de um sistema, no caso do sistema circulatório.
O marco inicial da segunda fase dessa história para a qual reservamos o título de “fase inicial da especialidade”foi a invenção do cíclotron (1932), mas talvez a melhor data seja o ano de 1935, quando o médico John Hundale Lawrence, irmão mais moço de Ernest Lawrence, veio para Berkeley com o objetivo de tratar neoplasias com feixes de nêutrons gerados pelo cíclotron.
Em 1934, Hevesy e Chivitz mostraram o acúmulo do fósforo-32 em ossos e músculos de cobaias. Depois F. S. Scott e S. F. Cook demonstraram a queda na formação de leucócitos polimorfonucleares em frangos alimentados com ração contendo radiofósforo. Outras pesquisas mostraram o acúmulo de fósforo-32 em gânglios linfáticos de cobaias portadoras de neoplasias malignas. Em 1937 esses fatos levaram John Lawrence e  Joe Hamilton a tratar com fósforo-32 e com êxito os casos de leucemia linfática crônica e, ainda com melhores resultados, os pacientes com  policitemia vera. Foi dessa maneira que John Lawrence criou a “radioterapia interna” que se tornou a primeira aplicação clínica dos radioisótopos e por isso ele é considerado “o pai da Medicina Nuclear”.

                                                       Ilustração 1 -John H. Lawrence
Em 1936, John montou o primeiro laboratório dedicado à pesquisa e ao uso do radioisótopos artificiais em medicina clínica. Quando William H. Donner Presidente da International Cancer Research Fundation (mais tarde Donner Fundation), visitou o laboratório, impressionado com o que viu doou US 150.000 para a construção de um edifício próprio e por isso, em sua homenagem, o laboratório passou a se chamar Donner Laboratory.
O Donner Laboratory foi o primeiro do mundo especializado no setor e por isso recebeu o título de “berço da Medicina Nuclear”. Nele foi descoberto o tecnécio-99m, o iodo-123, o iodo-131, o carbono-154, o flúor-18, o oxigênio-15, o tálio201, entre outros.
Ainda nesse laboratório, Hamilton começou o estudo do metabolismo da tireóide e o tratamento do hipertireoidismo com iodo radioativo. Entre os notáveis da Medicina Nuclear que integraram sua equipe está Hal Anger, o inventor do cintilador de poço e da câmara de cintilação.
Hoje o Laboratório Donner está empenhado no desenvolvimento do PET de alta resolução, da câmara de cintilação compacta e ao estudo das imagens funcionais, entre outras pesquisas.

MEDICINA ATÔMICA E MEDICINA NUCLEAR

O termo Medicina Atômica apareceu na década de 1940, no livro “Atomic Medicine“ de autoria de Charles F. Behrens e no livro “Progress in Atômico Medicine” de autoria de John H. Lawrence. Nesse último, o título foi mantido nas três primeiras edições e depois foi substituído pelo título “Progress in Nuclear Medicine” nas edições subseqüentes.
O radiologista e Professor Robert Newell propôs que o novo setor da medicina fosse chamado de Medicina Nuclear no lugar de Medicina Atômica, argumentando que todos os eventos na especialidade dependem da energia oriunda do núcleo atômico e não provêm de fenômenos ligados a reagentes químicos. A primeira vez que o termo Medicina Nuclear apareceu impresso aconteceu no número de janeiro de 1952, do American Journal of Roentgenology, Radium Therapy and Nuclear Medicine.

A CONSOLIDAÇÃO DA ESPECIALIDADE

Em 1951, alguns radiologistas tentaram controlar a emergente Medicina Nuclear e para isso conseguiram uma Resolução da American Medical Association segundo a qual o rádio, seus produtos de desintegração e os radioisótopos ficariam sob o controle e na dependência de certificação do American Board of Radiology. Essa resolução motivou 12 pessoas para fundarem em 30 de maio de 1954, em Spokane, a Pacific Norwest Society of Nuclear Medicine que mais tarde, em 1956, tornou-se entidade de âmbito nacional nos Estados Unidos.
Graças ao trabalho de William G. Myers, em dezembro de 1.956, a Resolução foi revogada, mas somente em 1971 a Medicina Nuclear foi reconhecida como especialidade pela American Medical Association.

OS ISÓTOPOS DO IODO

O primeiro isótopo do iodo usado em pesquisa foi o I-128, (meia-vida de 25 minutos) criado em 1937. O iodo-131 (meia-vida de 8 dias) foi descoberto por Glenn Seaborg e J. Livingood, em 1938, bombardeando telúrio com nêutrons. O iodo 125 (meia-vida 54,4 dias) foi descoberto em 1946, e o iodo-123 (meia-vida de 13,2 horas) foi descoberto por Isadore Perlman em 1949. Entre os 29 isótopos do iodo, o I-131 e o iodo-123 são os mais usados em Medicina Nuclear atualmente.
As pesquisas sobre fisiologia e patologia da tireóide se desenvolveram em dois ambientes: em Berkeley e em Massachusetts.
Em 1936, os médicos do Hospital Geral de Massachusetts John Means e Earle Chapmann assistiram à palestra de Arthur Holly Compton, Diretor do Massachusetts Institute of Tecnology – MIT -, sobre as pesquisas de Hevesy com P-32 como radiotraçador e isso os inspirou em usar iodo radioativo para estudar a fisiologia e patologia da tireóide. Em 1937, os físicos do MIT Robley Evans e Arthur Roberts junto com os médicos Earle Chapmann e Saul Herz iniciaram uma pesquisa sobre o funcionamento da tireóide de coelhos com I-128, com auxílio do detector Geiger-Müller. Na mesma ocasião, em Berkeley, o neurologista Joe Hamilton iniciou pesquisa similar em animais. Foram eles os primeiros a estudar a cinética do iodo na tireóide, usando um contador Geiger-Müller.
Segundo conta Glenn Theodore Seaborg, um dia Joe Hamilton queixou-se das dificuldades do uso do iodo-128 impostas pela meia-vida de apenas 25 minutos do isótopo. Seaborg perguntou-lhe qual a meia-vida ideal devia ter o isótopo para as pesquisas e Hamilton respondeu: “cerca de uma semana”. Seaborg disse-lhe “deixa comigo” e, auxiliado por J. Livingood bombardeou no cíclotron uma amostra de telúrio com nêutrons e foi desse modo que o iodo 131 (cuja meia-vida é de 8 dias) foi descoberto em 1938, e passou também a ser produzido no reator nuclear, como se fosse uma encomenda feita segundo o desejo do consumidor.
Em 1942, foi comunicado pelos dois grupos o sucesso do tratamento do hipertireoidismo com I-130, mas foi o I-131 que abriu o caminho para a avaliação da função tireoidiana, para o diagnóstico das doenças da tireóide, para o tratamento do hipertireoidismo e para o tratamento do câncer tireóideo e suas metástases.
Em 1937, começaram as pesquisas para avaliar a função tireoidiana por meio de provas laboratoriais (excreção urinária, excreção salivar do iodo, medida do PBI –protein bound iodine- e outras), sempre com o uso do contador Geiger-Müller para medir in vitro amostras de sangue e urina, ou para a medida externa da captação do radioiodo pela tireóide e pelas metástases funcionantes do câncer tireóideo.
Entre 1940 e1970, incontáveis pesquisas com I-131 mostraram os mecanismos da captação do iodo, a base dos efeitos da terapia com radioiodo, a identificação o entendimento da síntese dos hormônios da tireóide e o transporte desses hormônios no soro.
Leônidas Marinelli e Eleonora Oshry intitulado “Radioactive iodine therapy: effect on functioning metastases of adenocarcinoma of the thyroid”, publicado no JAMA de 1946, o verdadeiro ponto de partida da terapia com radioiodo do carcinoma de tireóide e de suas metástases. O impacto desse trabalho na ciência médica e a repercussão da primeira cura de câncer com radioisótopo foi tal que chegou a mudar a agenda política. Em 1946, o Presidente Truman determinou que o I-131 deveria estar disponível para pesquisa biológica e uso em medicina. Em 1º de agosto de 1946, a Agência da Energia Atômica dos Estados Unidos tornou os radionuclídeos existentes na época disponíveis para uso médico. No ano seguinte, o reator de Harwell do Reino Unido também começou a fornecer radioisótopos para uso médico.
O iodo-131 foi por muito tempo, o principal isótopo usado para marcar substância para as imagens em Medicina Nuclear.
In 1950, John Stanbury, Douglas Riggs, e Gordon Brownell, da Unidade de Tireóide do Massachusetts General Hospital foram a Mendoza, na Argentina como membros da “American Goiter Expedition”, uma oportunidade impar de aprender sobre a fisiologia do iodo captado pela glândula. O bócio era endêmico em Mendoza, região onde ainda não era usado o sal iodado. Nessa ocasião foi realizada a primeira pesquisa clinica sobre a função tireoidiana que trouxe informações sobre como a glândula se adapta a falta de iodo. Em 1951, Gordon Brownell desenvolveu a primeira analise da cinética da função tireoidiana e o fez medindo o ritmo da captação do iodo em pacientes portadores de bócios e no grupo de controle formado por pacientes saudáveis.

O DETECTOR ELETRÔNICO DE CINTILAÇÃO

Até a segunda Guerra Mundial, o detector de uso corrente e disponível para a pesquisa da física atômica e seu uso na emergente Medicina Nuclear era o contador Geiger-Müller, cuja sensibilidade para a radiação γ de alta energia do iodo -131 era de 1% agravada pela incapacidade de distinguir a energia das radiações detectadas.

                                   
                                       Ilustração 2 - Exemplo de válvula fotomultiplicadora

Durante a Segunda Guerra Mundial, Samuel Curran e W. Backer criaram o primeiro detector eletrônico de cintilação para registrar as cintilações produzidas pelas partículas α. Para isso usaram uma válvula fotomultiplicadora (inventada em 1934 por Harley Iams and Bernard Salzberg da RCA), acrescentando-lhe um fotocátodo de prata ativado com sufeto de zinco. Nesse arranjo os elétrons liberados no fotocátodo pela cintilação formava uma corrente a seguir ampliada em cada fotocátodo de tal forma que um pulso elétrico final se tornava  mais de 100.000 vezes maior que o pulso inicial. Esse detector foi desenvolvido durante a guerra na tecnologia da radiotransmissão no “Projeto Manhattan” que estava destinado a criar a bomba atômica e sua invenção foi considerada assunto secreto. Esse dispositivo de segurança fez com que os respectivos relatórios só fossem liberados e se tornassem conhecidos depois da guerra em 1944. Em virtude da defasagem entre a invenção e o dia que se tornou pública, há quem atribua a criação do detector eletrônico de cintilação à Marietta Blau e B. Dreifus (1945) ou a Hugh Narsahall e John Coltman (1947).

                                                         Ilustração 3 - Samuel Curran
O aperfeiçoamento seguinte do detector ocorreu no fim do ano de 1945, em Berlim, ainda arrasada pela guerra. Nesse ano o Professor Hartmur Kollmann da Universidade de Berlim, judeu fugitivo da Alemanha, retornou a seu laboratório e o encontrou “depenado” pelos russos e mesmo assim, ele resolveu trabalhar com o que tinha. Ele então derreteu bolas de naftalina para obter um cristal, sobre o qual colocou um filme para registrar as cintilações produzidas  no cristal pela radiação α emitida por uma amostra de chumbo radioativo, obtida pela raspagem da pintura das paredes do laboratório.

                                                      Ilustração 4 - Hartmur Kolmann
Kollmann mostrou seu “equipamento” e o resultado de sua experiência para um capitão do exército americano de ocupação que riu do estranho arranjo improvisado. Kolmann disse: “Não ria, mas arranje-me cigarros, a moeda mais valiosa no mercado negro de Berlim para que eu possa prosseguir”. No dia seguinte, Kolmann recebeu 10.000 cigarros da famosa marca “Lucky Strike” e com eles “comprou”, no mercado negro”, uma válvula fotomultiplicadora à qual acrescentou o cristal de naftalina e conectou seu detector a um osciloscópio para obter o espectro das radiações de vários radionuclídeos. Nessa época, a publicação de trabalhos científicos na Alemanha estava limitada e por isso Martin Deutsch do Massachusetts Institute of Technology (MIT) publicou o trabalho em 1948.
Em 1948, P.R. Bell e Koski e Thomaz em 1949 montaram detectores eletrônicos de cintilação mais eficientes usando antraceno e estilbeno respectivamente, e o antraceno tornou-se o cristal de eleição devido a sua rápida resposta.
O aperfeiçoamento final veio em 1948 com Robert Hofstadter da Stanford University (Califórnia) que demonstrou que um cristal inorgânico era mais eficiente devido à importância de materiais de alta densidade com número de prótons elevados para melhorar a intensidade da cintilação. Ele demonstrou a cintilação muito forte produzida pela absorção de radiações em cristais e iodeto de sódio com mínima quantidade de impurezas de tálio. Com detectores eletrônicos de cintilação munidos de cristais de iodeto de sódio, Hofstadter publicou, nos dois anos seguintes, os espectros da radiação gama de vários nuclídeos, porém o uso de cristais de iodeto de sódio era limitado porque naquela época era impossível a fabricação de cristais de grandes dimensões.
Em 1950, Hartmur Kollmann e Milton Furst da New York University e George Reynold em Princeton construíram detectores em líquidos obtidos com a dissolução de antraceno em tolueno e, melhor ainda, com terfenil dissolvido em benzeno.
Em 1951 Maurice Raben do Tufts College Medical School e Nicholaas Bloembergen da Harvard University dissolveram a própria amostra a medir no líquido detector. Com isso conseguiram medir a radioatividade de amostras nas quais havia concentração do radiotraçador muito baixa, ou nas quais as radiações emitidas eram de baixíssimo poder de penetração como as radiações β do C-14.
A invenção do detector eletrônico de cintilação com cristal de iodeto de sódio superou as deficiências do contador Geiger-Müller e o detector eletrônico de cintilação tornou-se um marco na história da instrumentação em Medicina Nuclear. Ele viabilizou a invenção do cintilógrafo linear e, por meio de um arranjo de válvulas fotomultiplicadoras sobre um grande cristal, viabilizou a invenção da câmara de Anger.

O CINTILADOR DE POÇO.

Duas são as principais invenções de Hal Anger. Uma, todos conhecem, é a câmara de cintilação, e a outra, poucos conhecem, é o cintilador de poço, inventado por Hal Anger em 1950, quando trabalhava no Donner Laboratory em Berkeley.

                                 Ilustração n° 5 - esquema do detector de poço.                                     

A expressão detector de poço é uma denominação sintética do instrumento porque o equipamento deveria se chamar “detector de cintilação com cristal com poço”. Antigamente não era assim, mas hoje a maioria dos técnicos usa o equipamento sem saber como ele é ou como funciona e por isso não faz ideia de que quando coloca uma amostra num curiômetro, está colocando-a em um cintilador de poço.
O cintilador de poço difere dos detectores de cintilação convencionais porque usa um cristal de antraceno no qual há uma perfuração central onde é colocado um tubo de ensaio com a amostra radioativa para ser medida. A amostra dentro do próprio cristal faz com que a maioria das radiações emitidas seja detectada, elevando a sensibilidade do cintilador de poço para 98%. O cintilador de poço substituiu o método antigo de medir a radioatividade de amostras de baixa radioatividade por meio de cintiladores planos cuja eficiência é menor que 20%, porque neles a maioria das radiações se perde no espaço e não são medidas.
O cintilador de poço é hoje a peça principal dos sistemas digitais robotizados de medidas de amostra radioativas e também é a peça principal dos curiômetros.

RESUMO DA SEGUNDA FASE

A primeira fase da História da Medicina Nuclear durou 30 anos; a segunda fase foi mais curta com a duração de 20 anos. A fase prodrômica caracterizou-se pelas pesquisas no campo da física, enquanto no campo da medicina caracterizou-se pela criação de dois novos processos de tratamento, a teleterapia com radioisótopos naturais e a inovação de um novo braço da radioterapia que recebeu o nome de braquiterapia na qual o radioisótopo é colocado diretamente em contacto com a lesão a tratar. Nessa fase, houve também a tentativa, mas sem sucesso, do uso de radioisótopos naturais administrados ao paciente para atuarem como fontes internas de radiação.
Foi nessa fase que apareceu o conceito de radiotraçador e, nela, pela primeira vez os radiotraçadores avaliaram a função de um sistema, no caso o circulatório, na experiência de Blumgart.
A segunda fase da história da Medicina Nuclear tem como principal característica a criação de uma nova forma de radioterapia: o uso com sucesso dos radioisótopos artificiais como fontes internas de radiação. Essa terapia foi inicialmente usada no tratamento da leucemia linfática crônica e da policitemia vera com fósforo 32 e depois no tratamento do hipertireodismo, do câncer de tireóide e suas metástases com radioiodo, especialmente o iodo 131.
Outro fato importante do período foi o direcionamento da pesquisa para a produção artificial de radioisótopos de baixos pesos atômicos para uso em medicina e biologia que levou à descoberta do fósforo-32, do iodo-128, do iodo-131, do iodo-123, do iodo-125, do Ferro-59 e do Tecnécio-99m, do carbono-14, do flúor-18, do oxigênio-15 e do tálio-201, entre outros.
Nessa fase, a necessidade de superar as deficiências do detector Geiger-Müller levou à invenção do detector eletrônico de cintilação e sua variante, o detector de poço. Eles abriram caminho para as medidas laboratoriais da função tireoidiana, para a medida direta da captação do iodo pela tireóide e para a localização, pela varredura externa do corpo do paciente das metástases funcionantes da tireóide captantes do  iodo radioativo.
Finalmente, assinala-se que nessa fase surgiram as denominações Medicina Atômica logo substituída por Medicina Nuclear dando, de fato, ao início da especialidade como autônoma, isto é, independente da radioterapia e da radiologia.

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HISTÓRIA DAS RADIAÇÕES NO DIAGNÓSTICO MÉDICO –

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A HISTÓRIA DA MEDICINA NUCLEAR - OS DETECTORES NA FASE  DE 1896 A 1936
A HISTÓRIA DA MEDICINA NUCLEAR– HEVESY E O CONCEITO DE RADIOTRAÇADOR = A EXPERIÊNCIA DE BLUMGART = A TERAPIA COM RADIOISÓTOPOS NATURAIS

 

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